O Natal passa-me ao lado, pela primeira vez. Este ano não há pessoas suficientes para celebrá-lo. Faltam pessoas. Falta uma ou duas pessoas, pelo menos. Este ano perdi o sorriso e o brilho no olho que me acompanha quando procuro o presente que condiz com a pessoa que o vai receber. Sem o sorriso não posso fazer nada, não adianta. Este ano acabou a tolerância que ainda restava.
O que me vale é que há algures um espaço branco abaixo do chão, frio, vazio, pronto a ser atestado de vida, alegria, paixão e cor. O que me vale é que fui um dos escolhidos para o encher disso tudo aos poucos e poucos.
O que me vale é que há algures um espaço branco abaixo do chão, frio, vazio, pronto a ser atestado de vida, alegria, paixão e cor. O que me vale é que fui um dos escolhidos para o encher disso tudo aos poucos e poucos.