Apesar de me ter passado mesmo ao lado, não me consegui abrigar da chuva de relatos, críticas e notícias sobre o concerto da senhora Madonna (nossa senhora para alguns). Pelo que li, o espectáculo apoderou-se do concerto e resolveu-se utilizar a fórmula vencedora da luz, vídeo, cenário e efeitos especiais para deixar o público de boca aberta. Não sou contra os concertos espectaculares nem os efeitos especiais que ilustram as músicas e nos fazem sentir um pouco mais o som e o conceito da coisa. Mas sou e sempre serei contra o espectáculo visual em detrimento da música "real". Prefiro de longe um senhor ou senhora com uma guitarra e uma cadeira em palco do que muita cor, luz, dança e ecrans gigantes mas com o artista a cantar tipo karaoke ou pior ainda em playback. O mais triste ainda é aperceber-me que são exactamente os artistas que mais discos vendem e que mais cobram pelos espectáculos os praticantes desta estratégia.
A Madonna, tal como a Britney Spears são cantoras. Podem dançar, fazer o pino e aparecer nuas em capas de revistas mas não nos vamos esquecer que devem ser mesmo profissionais no que fazem e isso é simplesmente cantar bem com ou sem espectáculo.