Acho que quase todos nós, quando chegamos à última página do livro, pensamos o mesmo - " Gostava tanto de ver isto em filme (suspiro) ..." Uns 10 anos depois de o ter lido esse desejo concretizou-se. Confesso que fiquei entusiasmado quando soube que seria o sr. Meirelles a transpôr para ecran tudo aquilo que projectei enquanto lia desenfreadamente o romance do Sr. Nobel e que contava com Miss Moore no elenco.
E foi preciso ver para confirmar o que há muito sabia - jamais seria possível transmitir tudo aquilo que Saramago nos transmite em centenas de páginas através de um filme de 2 horas, fosse qual fosse o realizador, actores ou efeitos visuais. A característica escrita do autor, comentários, descrições, metáforas e ironias que nos fazem abrir um sorriso e empatizar com o autor da história, nunca poderiam estar presentes no filme da mesma forma nem fazer-nos reflectir sobre a nossa sociedade como livro nos obriga.
A história já está meio mastigada e o murro no estômago que sentimos ao vermos as imagens mais violentas do filme não nos doi tanto como as que pré-visionámos na nossa cabeça.
Resta saber se quem não chegou a ler o livro gostou ou não do filme.
E foi preciso ver para confirmar o que há muito sabia - jamais seria possível transmitir tudo aquilo que Saramago nos transmite em centenas de páginas através de um filme de 2 horas, fosse qual fosse o realizador, actores ou efeitos visuais. A característica escrita do autor, comentários, descrições, metáforas e ironias que nos fazem abrir um sorriso e empatizar com o autor da história, nunca poderiam estar presentes no filme da mesma forma nem fazer-nos reflectir sobre a nossa sociedade como livro nos obriga.
A história já está meio mastigada e o murro no estômago que sentimos ao vermos as imagens mais violentas do filme não nos doi tanto como as que pré-visionámos na nossa cabeça.
Resta saber se quem não chegou a ler o livro gostou ou não do filme.