Monday, June 04, 2007

Quando tu não estás
eu perco o chão
eu perco o ar
e os meus olhos secam que nem rosas
com o gelo
com o frio das noites sem ti,
porque só me sei situar
no meio de pétalas frescas
nos teus braços.
É este silêncio,
quando tu não estás,
este silêncio
que me rasga com unhas famintas
na intemporalidade
nos freios que perdi
quando te encontrei,
ou no que encontrei
E todos os retratos que te tirei
são impossíveis de apagar
pois nem as unhas mais ferozes
os podem rasgar da minha pele.

Tânia Serra in http://sem-querer-penso.blogspot.com/