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Eu cresci com os Police, os Cure, o Bowie, os Eurythmics e os B52's. E quando me lembro deles, não os associo a beleza fisíca ou a roupa sexy. Lembro-me que cada grupo ou artista pop tinha a sua imagem, normalmente associada a algum mistério, com se houvesse um conceito que ligava o seu aspecto e os seus videoclips à natureza do próprio grupo (por vezes quanto mais feios ou mal vestidos estavam mais gostávamos deles). Havia ali uma história mais ou menos evidente que ia sendo desvendada aos poucos e poucos, todos os fans percebiam exactamente qual a mensagem que os seus ídolos musicais queriam transmitir. Acabava por haver sempre uma sensação de distanciamento entre o público e os músicos, quase como se fossem inatingíveis, não por serem snobs ou altivos, mas por parecerem personagens de ficção.
Até fico contente por ter crescido com estas personagens. Ainda me identifico muito com elas...