play dead: 2007

(o que resta do meu local de trabalho)

Este blog deveria estar cheio de novos posts. Tudo está a mudar neste preciso momento. Estou com aquela sensação de ter demasiadas coisas para contar aqui que nem sei por onde começar... por isso, não vou começar. Digo apenas que sinto na pele a mudança. O Natal foi diferente, tal como se previa. A passagem de ano irá ser diferente. O meu local de trabalho mudará de sítio. A minha casa vai ter uma nova morada. Tudo isto em apenas alguns dias.

E agora chega de conversa que tenho uma boa pilha de caixotes para carregar. Who needs gym after all?

Este é o presente de mim para mim:

Sugarcubes - Birthday

Primeiro presente dos trinta: Um programa de rádio com entrevista à Beth Gibbons sobre mim. speechless. eh eh

E este será, provavelmente, o último post que escrevo com vinte e tal anos.

Lido assim até assusta um bocado. Ficou dramática, a frase.

O Natal passa-me ao lado, pela primeira vez. Este ano não há pessoas suficientes para celebrá-lo. Faltam pessoas. Falta uma ou duas pessoas, pelo menos. Este ano perdi o sorriso e o brilho no olho que me acompanha quando procuro o presente que condiz com a pessoa que o vai receber. Sem o sorriso não posso fazer nada, não adianta. Este ano acabou a tolerância que ainda restava.

O que me vale é que há algures um espaço branco abaixo do chão, frio, vazio, pronto a ser atestado de vida, alegria, paixão e cor. O que me vale é que fui um dos escolhidos para o encher disso tudo aos poucos e poucos.

The coolest gal in the world.

Vote A para a primeira opção
Vote B para a segunda opção

É que hoje estava-me mesmo a apetecer... que fosse a B, mas vou resistir.

Ultimamente o meu vocabulário tem sofrido um enrequecimento desmedido. Tenho aprendido imenso com anúncios de imobiliárias e neste momento não digo uma frase que não contenha as seguintes expressões: "zona envolvente", "óptimo cachet", "excelentes vistas". "oportunidade!!!" ou "acabamentos de luxo".

A nova rede móvel dos CTT vai chamar-se Phone-ix.
Não, não estou no gozo.

"O nome tem sido mantido em segredo pela administração dos CTT, mas entre os altos quadros da empresa há quem comente a sua fonética ("fónix") como sendo de mau gosto. A ideia da administração é cativar o segmento de mercado mais jovem, mas também estão previstas vantagens para os idosos. Esta opção tem que ver com o facto dos idosos serem habituais clientes das estações dos correios."

daqui

Exemplo de um vídeo original, no minímo :)
e não me venham dizer que já viram outros vídeos com cuecas e sutiãs a acender e apagar.

Provavelmente vou ser fustigado, torturado, esbofeteado e estripado por o que vou afirmar, mas a verdade é que

....

....

....

....

....

Não gosto nem da versão do Rocket Man do David Fonseca nem do vídeo. São cópias muito explícitas de muita coisa que já foi feita. Ás vezes mais vale uma produção caseira, manhosa e original que uma pop star portuguesa a repetir o que se faz lá fora.

PS: O que vale é que vou hoje para Barcelona e lá não há David Fonseca, thank God, eh eh!

É muito complicado fazer um filme sobre uma pessoa que existe ou existiu (fico muito de pé atrás com filmes biográficos), ainda se torna mais complicado quando falamos do vocalista de uma das maiores bandas de rock mundiais, fonte de inspiração para dezenas de outros grupos.

Apesar de algumas cenas mais "novelescas" evitáveis, gostei do filme. Gostei do preto e branco, gostei de Sam Rilley e gostei da fotografia. É notável como o realizador (director de fotografia) consegue dar tanto realismo a imagens sem cor.

Gostei porque conseguiu transmitir a energia e o poder que a música dos Joy Division tinha (tem) sobre quem realmente gosta do grupo.

Sim, na verdade. nunca conseguimos perceber o que se passa na cabeça de Ian Curtis, não conseguimos aprofundar quais são os seus verdadeiros sentimentos em relação à banda, à música dos Joy Division e aos seus 2 amores. Começamos com um Ian Curtis cheio de personalidade e certezas e acabamos com outro cheio de dúvidas e indecisões.

Mas foi bom recordar as músicas, os concertos, o ambiente e a mentalidade da época.

Sometimes the absence of colour can turn everything much more real.

Agarra a vida
não a deixes fugir entre os dedos
corre, foge, não fiques para trás
sê o filho perfeito
veste-te bem, mas com aspecto casual
és elegante, mas finge que não te preocupas com a tua aparência
sê forte mas aparenta ser sensível
mantém as relações certas
respira fundo, mas não pares
olha a postura
não te desleixes
és o melhor no trabalho
o mais sorridente
não tens problemas, sorri, mas não demasiado
pratica um desporto, vai ao ginásio
frequenta as festas da moda e bebe, fala, mas não dances
tu não tens problemas
és novo, a tua namorada é a mais gira
fodes como um animal e és assediado
tens um ordenado que mete inveja
não fumes, não bebas demais, e, sobretudo, come alimentos saudáveis
agarra a vida
não fiques para trás
não te deixes ultrapassar
vai aos melhores concertos e lê os livros certos
visita exposições, vai ao teatro e ao cinema
Actualiza-te, pá! compra o jornal, mas nunca vejas televisão
não fiques de fora em nenhuma conversa
tu sabes discutir sobre qualquer assunto, percebes de tudo
nunca chores à frente de ninguém
tem calma, mas não pares
não confies nos teus colegas
não confies em ninguém
não cumprimentes ninguém sem que te cumprimentem primeiro
nunca te enganes, não cometas erros, nunca peças desculpa
vai aos melhores restaurantes e frequenta os bares que estão na berra
vês? todos reparam em ti, és social e tens piada
tás sempre ocupado, tens 1001 coisas importantes para fazer
o teu telefone não pára de tocar
todos querem estar contigo e tu irás estar com todos, mas por pouco tempo
corre, foge, mais depressa
o Mundo é teu, não percebes?
és o número 1
só não te podes deixar ultrapassar

Okkervil River - Our Life Is Not A Movie Or Maybe

Yeah Yeah Yeahs - Down Boy

Petit salaud, Petit pervers - Les Chansons d'Amour

Atenção! O meu percurso profissional chegou hoje ao seu ponto mais alto, a minha carreira está no seu auge e a Raio X tornou-se na empresa com mais sucesso na área do design em Portugal. A razão? Acabámos de ser contactados para desenvolver toda a imagem de um bar de alterne em Almoster.

Quando era pequeno os meus progenitores acusavam-me muitas vezes de nunca gostar do sítio onde estou e era muito frequente ouvir a frase "Tu gostas é de andar no caminho, de um lado para o outro...". Pensava bastante nisso, se realmente aquela crítica teria algum nexo e chegava sempre à conclusão que não. As viagens com os irmãos no banco de trás do carro deixavam-me enjoado, ficava com calor e quando me deixava dormir acordava cheio de dores no pescoço. A razão para me deixar dormir devia-se, muitas vezes, ao consumo de comprimidos para o enjoo (acho que o nome é mesmo vomidrine, mas não tenho a certeza). Sim, os meus pais obrigavam-me a tomá-los para que adormecesse rapidamente e não os chateasse durante toda a viagem... ainda hoje tenho de lidar com esse facto.

Uns anos mais tarde chego à conclusão que sim, que gosto do caminho, da viagem, do percurso, mas gosto de fazê-lo no banco da frente (esta frase poderá ter o seu "quê" de ordinário, mas a intenção não era essa.. de todo) onde posso conduzir ou estar ao lado de quem conduz. É bom podermos ser nós a escolher a estrada, a companhia e o destino. :)

Se por um lado, a minha relação com a música se transforma num dos meus pontos fracos, por outro pode ser um dos meus pontos mais fortes. A energia que posso sugar de um som, de um ritmo ou voz pode-me regenerar ou fortalecer-me em momentos menos bons.

Há músicas que me entram nas veias e se espalham por todo o corpo como se estivesse a levar uma transfusão da melhor colheita de sangue à face da Terra.

A frase "Last night a DJ saved my life" tem a sua lógica, se pensarmos bem.

Tenho vários pontos fracos, e quem me conhece minimamente sabe exactamente quais são. Pode não os saber todos, mas os principais são bastante óbvios e fáceis de encontrar.

A minha relação com a música é um deles. A simples mudança de humor conforme a música que estou a ouvir no momento. Os berros e cantoria durante concertos de bandas que realmente gosto e que por isso memorizei todas as letras das suas músicas. O não conseguir deixar de dançar quando ouço as minhas músicas favoritas numa disco ou bar. Ou, mais recentemente, envergonhar-me bastante ao não conseguir parar de cantar num Karaoke rodeado de pessoas que não conheço muito bem (por enquanto só aconteceu em locais privados, espero que nunca venha a acontecer em estabelecimentos públicos).

Portanto, quem quiser ver-me a fazer figuras tristes basta dar-me uns copitos de vinho ou moscatel e escolher um bom cd.

Olhou fixamente para o seu rosto pálido, beijou-a e a seguir cuspiu-lhe para a boca. Agarrou-a pelos cabelos e sussurou-lhe ao ouvido esquerdo, "Tu é que escolheste, por isso agora vais ter o que mereces". Ela cerrou os olhos, mas o seu corpo manteve-se inerte. Depois, atou-lhe o dedo mindinho ao anelar, apertou o nó com força. Ela fez um esforço para não emitir qualquer som. Resolveu atar-lhe todos os dedos da sua mão, desta vez entrelaçou a corda de modo a impossibilitá-la de mexer qualquer um deles um milímetro que fosse. Ela manteve-se calada, não se moveu e a sua face não revelou qualquer tipo de expressão. Foi aí que a encostou violentamente contra a parede e lhe atou ambas as mãos e pés, mas em vez de uma corda, resolveu usar um arame farpado. Atou-a com toda a força que tinha até as mãos de ambos começarem a sangrar. Foi nesse momento que ela gritou de dor e verteu uma lágrima. Fê-la cair no chão sujo e antes que ela pudesse soltar uma única palavra ou gemido saltou pela janela do velho edifício e voou para bem longe. Deixou um rasto de sangue que denunciava o seu destino. As pessoas que passavam, na rua, gritavam: "Milagre, milagre! O sangue de Cristo está a verter do céu!".

Apesar de não achar que seja uma música deprimente, acho que se me concentrar o suficiente consigo chorar a ouvi-la, mesmo que esteja muito feliz.

O 3º Lugar continua a ser ocupado pelo Português Suave...

Gosto da franqueza com que alguns outros amigos confessam que não querem ter qualquer tipo de relação séria porque não estão dispostos a abdicar da sua liberdade total, ou porque não estão preparados, ou porque simplesmente não faz sentido para eles na altura. Gosto porque não criam ilusões a eles próprios nem aos outros. O conto de fadas e o "happy ever after" podem não fazer parte dos planos de todos...

O irónico da questão é que, provavelmente, este segundo tipo de pessoas, irá compromoter-se com mais facilidade e rapidez que o primeiro.

Ao fazer a ronda diária pela minha lista de blogs "encalho" várias vezes com o mesmo tipo de discurso, que não é novo - "A quem vou dar todo este amor que tenho cá dentro, ninguém o quer... blá blá blá". Não é um comentário, ou uma lamentação exclusiva dos sites pessoais, é uma frase que ouço frequentemente de amigos. Nessas alturas fico sem saber o que dizer. Às vezes lá me sai um "Vais ver que quando menos esperares essa pessoa vai aparecer na tua vida" mas nem a mim essa frase convence.

O mundo está cheio de gente que se sente injustiçada e revoltada por não ter ninguém a quem "oferecer o amor". Mas... espera 1 minuto... se toda a gente tem tanto amor para dar (para mim acho que é mais uma questão de partilhar mesmo, mas ok) porque não o dão uns aos outros? Às vezes acho que é mais fácil levar uma vida cheia de lamentações do que fazer qualquer coisa para mudar...

Acabo sempre por chegar à conclusão que as pessoas no fundo querem alguém com esse "amor para dar", mas nem sempre querem alterar minimanente os seus hábitos de solteiro, abdicar de uma vida com liberdade total sem as ditas "amarras", que é boa, saudável e perfeitamente legítima, mas que por outro lado lhes traz esse vazio que querem preencher.

Longe de mim defender aqui que é fácil encontrar a "tal" pessoa e, não, não tenho nenhuma receita nem a fórmula "do amor" para revelar, mas ainda acredito que tudo depende da nossa vontade, simplesmente...

Vejam o vídeo. É muito bom.

Longos são os textos que falam sobre o novo albúm de uma das maiores bandas de Rock de sempre - Radiohead. Não ouvi o albúm as vezes suficientes para ter uma opinião justa. Quero aproveitar esta fase de descoberta - que é a minha preferida. É bom ter um albúm de um excelente grupo para "desbravar", sem conhecer as letras, sem adivinhar qual a nota que se segue. Por enquanto atrevo-me a dizer que estou a gostar muito mais desta sonoridade que da de "Hail to the Thief", mas como já disse, não quero adiantar opiniões prematuras.

Torrada
+
Coca-cola
+
Esplanada com uma das melhores vistas para a cidade de Lisboa
+
Companhia ideal (ingrediente principal)

Apesar da imagem nos parecer um tanto insólita e de partirmos do princípio que esta senhora é uma fugitiva de uma instituição hospitalar para pessoas com problemas de foro psicológico ou que resolveu mascarar-se de Teletubbie, depressa percebemos que este é um "traje" comum para as banhistas turcas. A religião Islâmica obriga as mulheres a cobrirem todo o seu corpo... mesmo na praia, por isso é frequente vermos senhoras como esta, com um fato de plástico que as cobre dos pés à cabeça (é claro que se a senhora em causa também colocar umas braçadeiras e uma bóia ainda fica com um aspecto muito mais ridículo). Imaginem o calor... estavam quase 40º neste dia.

Tenho o novo albúm de Roisin Murphy a passar "on repeat" e não consigo deixar de pensar "on repeat": "Porque raio é que os Moloko não lançam um novo albúm?"

Gosto bastante da voz da Roisin, da sua atitude e carisma (já aqui falei dela algumas vezes). E até gosto de algumas faixas do album... mas, nunca chegará aos calcanhares de um album da sua banda. Considero os Moloko um dos grupos mais criativos tanto a nível de composição, como a nível instrumental. A sua sonoridade é única e, tal como a banda nunca poderia sobreviver sem a sua vocalista, também a própria Roisin não consegue atingir a mesma qualidade que a banda tão facilmente atinge.

Ficamos à espera...

O almoço de aniversário de um amigo, onde fui no fim de semana passado, numa aldeia do interior trouxe-me várias recordações de locais semelhantes onde já estive. Com o tempo acabamos por nos afastar mais de sitios assim, onde a calma impera, onde se conhece e se fala com toda a gente, onde não há desconhecidos, onde o excesso de tempo nos leva a fazer coisas que há muito não fazemos ou nunca chegámos a fazer.

Não estou muito longe do meio rural, nunca estive, não é um ambiente estranho para mim, mas de alguma forma o meu quotidiano e profissão estão bastante afastados dessa realidade. E há certas coisas que só relembramos quandos estamos lá mesmo. As pessoas, a sociedade recreativa, as conversas, as personagens (o maluco, a depravada, o bêbado, o vigarista), e sobretudo a sensação de estar longe de tudo, como se estivéssemos num país à parte, numa realidade longínqua.

Agora somos todos urbanos e cosmpolitas. Frequentamos o shopping e o ginásio, temos tv cabo e internet, só vamos para o interior se for para um resort ou spa que é para não ter muito contacto com os "locals". Somos chiques e modernos, e só queremos falar da última viagem que fizémos, do nosso carro novo ou do mais recente creme anti-rugas. É um fosso social e geográfico que aumenta de dia para dia sem que nos apercebamos. Quem diria que Portugal é um país pequeno...

happy happy

Zita Swoon - The Bananaqueen

Trees Outside The Academy - Novo album de Thurston Moore, vocalista e guitarrista dos Sonic Youth. Descobri o disco há pouco tempo. Noto muitas parecenças com os próprios Sonic Youth, apesar de ser um album mais acústico sem os riffs, distorções e feed-back que caracterizam a banda.

Mas nada como ouvir para poder comprovar.

Todos os dias mudo, avanço, evoluo, retrocedo, observo. Há dias em que, apenas, dou um passo, outros em que percorro quilómetros. Mas não me lembro de um único dia em que tenha ficado parado ou inerte ao que me rodeia. Apesar disto, sinto que é agora que vai começar a verdadeira luta, como se tivesse estado, este tempo todo, numa espécie de treino. Escolhi os aliados e estou pronto para o combate.

May the first round begin.

da altura em que apoiava os concorrentes da OT 1 e 2. Aqui fica a Sofia, justa vencedora, da Operação Triunfo 2.

Confesso que a série 3 do programa não me convence mesmo nada...

Sei que muito se tem falado sobre o novo albúm de Animal Collective - "Strawberry Jam". Não conheço o grupo há muito tempo, comecei a ouvi-los, apenas, quando lançaram o excelente "Feels" (penúltimo trabalho na banda) - que foi exaltado por toda a crítica internacional e considerado um dos melhores albuns desse ano. Seguidamente participaram na fantástica banda sonora do filme "Short Bus".

Ora, já se sabe, que as expectativas para este "Strawberry Jam" iriam ser extremamente elevadas e quando assim é, normalmente, a banda defrauda-nos. Não foi o caso. A "Compota de Morangos" é uma excelente compilação de músicas que nos enchem as medidas mas que nunca deixam de lado o carisma alternativo que tão bem caracteriza este Colectivo de Animais.

Não encontrei nenhuma música de "Strawberry Jam" por isso deixo aqui uma das minhas faixas preferidas "Leaf House".

Sim, sim... eu ando sempre com passaporte, não porque esteja constantemente na iminência de viajar, mas porque o meu BI caducou. Não coloquei notas... não porque fossem inestéticas para o conjunto, mas porque realmente não tinha notas nos bolsos. E sim, tenho muitas chaves... Mais alguma coisa?

No meio de brinquedos, produtos de beleza e rótulos de azeite tento arranjar tempo para conseguir por tudo de lado e concentrar-me apenas no Mundo 365.

Ok ok, por vezes também arranjo tempo para pensar no Mundo Lx... mas isso é outra história.

a minha mãe acabou de me adicionar ao msn...

A garganta já começava a arranhar quando acendi o último cigarro. Olhei para o relógio do carro e reparei que passava das 5 da manhã. Tínhamos passado mais de três horas refugiados naquele carro. A chuva já tinha parado, mas não sei precisar há quanto tempo. Tive a sensação que acordava de um sonho onde éramos as duas únicas personagens. Conversámos. Conversámos até à exaustão. Falámos como dois desconhecidos falam quando sentem a vontade crescente de se descobrirem um ao outro. Não houve um assunto proeminente. Falámos sobre a vida, filosofias, esperanças e gostos, pormenores que tínhamos em comum. O único elemento constante na conversa foi a franqueza, como se o que fosse dito naquela noite nunca fosse ter qualquer tipo de consequência no nosso futuro.
- Doem-me os olhos. - disseste - Parece que tenho areia entre o olho e a pálpebra.
O céu começou a clarear. Rodei a chave na ignição, e acelerei. Continuámos a viagem.

Lembro-me que a palavra me causava muita curiosidade quando era criança. Só a ouvia muito raramente e não a conseguia associar a nada, o seu som não me fazia lembrar nenhum objecto ou sentimento e apercebia-me que era constantemente usada por alguns poetas que a minha mãe lia.

Hoje em dia sinto muito a ameaça do efémero. Do que é hoje e que poderá não ser amanhã. Da alegria esfusiante que em segundos se transforma em tristeza dolorosa.

Sempre questionei a inconstância e incoerência das pessoas que hoje sentem e amanhã deixam de sentir, que num minuto vão e no minuto seguinte querem ficar. Faz-me confusão a decisão inconsequente porque tudo amanhã se poderá desdizer e corrigir. A excepção ganha, cada vez mais, espaço à regra

Travo uma luta constante para que tudo seja eterno além de intenso. Porque é que o intenso tem, forçosamente, de ser sempre passageiro? (agora entrava a música dos Táxi - "Chiclete")

Acima de tudo quero que o "sempre" signifique sempre, o nunca já sabemos que nunca significará "nunca".

Roam-se de inveja! O novo album da grande Polly Jean -White Chalk - já cá canta (literalmente)!

O amigo Last.fm recomendou-me ouvir os "Elysian Fields" (que é como quem diz "Campos Elísios"). Não é uma banda nova, mas é muito a minha onda. Depois escolho uma das músicas e coloco aqui para ficarem com uma ideia.

Depois de um fim de semana nostágico, cheio de histórias e recordações do Vitinho loiro com um remoínho no cabelo, deixo aqui a música viciante dos Bloc Party.

Ainda me farto de rir sozinho quando me lembro da confusão que me ficava na cabeça quando a minha mãe questionava se o meu atraso pós-aulas se devia ao facto de vir a pisar ovos.

E as perguntas do momento são:

Quando é que a Roisin manda o albúm dela cá pra fora?
Até quando vou sentir esta calma?
O que é que há dizer sobre "O Fim das Férias de Verão"?
Os Portishead lançam o tão esperado novo albúm em 2007?
Será que já chegámos à "ponta das coisas" (expressão retirada daqui)?

A falta de enredo faz com que "Death Proof" seja um filme de puro entretenimento (não no sentido depreciativo), repleto de excelentes diálogos e personagens muito características. Não é um Pulp Fiction, nem um Kill Bill. Mas não é suposto ser, não há essa ambição. Apesar de não ter gostado das supérfluas referências a Kill Bill e de um travo um pouco amargo por Kurt Russel ter sido vencido em tão pouco tempo (pensei que ele fosse mau até ao fim, não queria vê-lo chorar nem pedir desculpa), o filme é bom, tem uma excelente banda sonora, actores, argumento e realização, é claro.

Em baixo fica a música que leva as 4 miúdas ao delírio.

Nunca deixes de ser vulgar.

Pode ser uma fuga, um escape, ou, pelo contrário, uma procura, um encontro. Para mim será sempre uma forma de olhar para o retrovisor e ver o caminho que já percorri a desaparecer no horizonte à velocidade que quero... acelero, travo, abrando e volto a acelerar.

Não quero fingir-me de morto
Quero sentir-me morto
Não, não é como se estivesse a dormir
É MORTO!
Sem respirar, sentir, sonhar

Só assim estas agulhas que me espetam
poderiam enterrar-se em mim sem que as pudesse sentir
Só assim não iria ver este sangue a escorrer pelo meu corpo
Poderia levar todos os murros, facadas e cuspidelas
Ou ser comida para necrófagos

Comam-me os lábios depressa para que nunca mais volte a beijar
Arranquem-me a língua com violentas dentadas
E depois
Deixem-me aqui
Aqui onde a carne pode apodrecer e encher-se de moscas, formigas e larvas
Ficará apenas o meu esqueleto
A dor
E o amor que ainda sinto

O destinho é importante mas o que interessa mesmo é a viagem, quem nos acompanha, o que conhecemos, o que encontramos, o que sentimos, o que pensamos e o que fazemos durante o percurso.

É tão boa a sensação de deixar tudo para trás e partir levando só connosco o que realmente é importante...

Acabei de chegar de uma viagem, em breve começarei outra.

Porque é que justamente a uns dias de começar as férias aparecem 1001 projectos para desenvolver + reuniões + alterações de trabalhos + 254 coisas para resolver?

Sempre gostei de ler o blog deste senhor, mas nunca passou muito disso, de apenas mais um blog simpático (excepto nos últimos tempos, é claro).

Neste momento o senhor faz questão em escrever sobre a minha vida como se fosse a dele.

Björk +Kate Bush + Cat Power + Tori Amos =

?

Duvido muito. Mas nada como ouvir para tirar as dúvidas.

Já me aconteceu algumas vezes e ontem, ao falar com um amigo, contava-lhe esta situação recorrente. Sempre que ando mais em baixo ou acontece alguma coisa que me deixa mais triste sou inundado pela presença das pessoas mais próximas. É quase como se tivessem um sensor de apoio ao Vitor (não à vítima). Assim, nos últimos dois dias, recebi telefonemas, mensagens de hi5, conversas no msn, encontros inesperados e sms's de amigos com quem não contactava há algum tempo (até tive noticias de dois que estão em Espanha). Foi bom.

fico admirado quando alguém, por acaso e quase sempre
sem motivo, me diz que não sabe o que é o amor
eu sei exactamente o que é o amor. o amor é saber
que existe uma parte de nós que deixou de nos pertencer
o amor é saber que vamos perdoar tudo a essa parte
de nós que não é nossa. o amor é sermos fracos
o amor é ter medo e querer morrer

José Luis Peixoto

Foda-se, tou lixado...

E nesse dia comecei a ficar sem apetite.

bloody red + black + white = much better

Ma Fleur - Cinematic Orchestra

Oiçam. O albúm está mesmo muito bom

Adivinhem quem realizou o vídeo. Eh eh!

"Parem o Mundo que eu quero sair"

ok, ok, já que se fala em Smashing, fica aqui o seu melhor vídeo de sempre. E agora vou mesmo trabalhar que o país assim não anda prá frente!

depois de vários dias com esta música na cabeça, deixo-a aqui para vos contagiar

Parece que estamos perto da chegada do tão esperado novo albúm de Animal Collective. Em 2005 lançaram "Feels", considerado, por muitos, o seu melhor trabalho e um dos melhores albuns desse ano. Vieram a Portugal, nesse ano, festejar o aniversário da ZDB, dando um concerto num dos cacilheiros que faz o trajecto Lisboa-Barreiro, concerto esse que, ainda hoje, lamento não ter assistido. Fizeram, recentemente, parte da banda sonora do filme "Short Bus".
Deixo aqui a música Purple Bottle, ainda do albúm Feels para quem ainda não conhece os animais.

Depois de andar a ouvir Battles, Cold War Kids e Blonde Readhead sempre à mistura com outras músicas não muito recentes (Mazzy Star, PJ Harvey ou Bloc Party), ando a ouvir com mais atenção o novo albúm dos The National - The Boxer. Trabalho muito consistente, grandes músicas sem muitos adornos, mas com muita presença. Simplicidade e muito bom gosto. Vou ter pena de não os poder ver no Sudoeste, acho que poderá ser o concerto-surpresa do festival, este ano.

but, for a moment, i thought my heart would stop there
it didn't
i still wonder why...

dEUS.Instant Street.

His skin is white cloth,
and he's all sewn apart
and he has many colored pins
sticking out of his heart.

he has many different zombies
who are deeply in his trance.
he even has a zombie
who was originally from France.

But he knows he has a curse on him,
a curse he cannot win.
For if someone gets
too close to him,

the pins stick farther in.

How could you hurt me like this?
How could you fear me like this?
I know that all the words are just words
I think that you don't know what it means
I think that it might be true
I think I've been a fool
Oh, don't you think?
All I've done now, all I've said
All I've read, it was for real
It was for real
But I know that
That dreams are just dreams
And I know that
You're not what it used to be love
Oh love
Oh love
All I've done, all I've said
All I've read, it was for real
All I've known, all I've feared
All I've said it was for real
How could you hurt me like this?
How could you fear me like this?
I know that all the words are just words
It can't be real
The Gift. The Truth

Este fim de semana tive uma noite como não tinha há muito tempo.
Nada para mim poderá alguma vez ser mais perfeito que as estrelas numa noite escura e sem nuvens, a praia, o mar e a companhia ideal, ali, enroscada no meu corpo.

Acho que tão cedo este momento não me vai sair da cabeça...

Apesar de ser fan de Bjork não pude conter o riso depois de ver este vídeo. Muito bom.
Já agora vejam o que está em baixo a gozar com os ABBA.

Aí está uma das artistas mais carismáticas da pop actual - Roisin Murphy. Overpowered é a primeira amostra do seu novo albúm a solo.

Gosto bastante da música e do vídeo.
Lembro-me de da primeira vez que a vi ao vivo, num concerto de Moloko, no Sudoeste. Vestia um kimono azul e uma pala de plástico cor-de-rosa na cabeça, mas por mais estranho que pareça, tudo aquilo funcionava muito bem.

É um grande exemplo da frase: "Clothes do not make a man" (neste caso "a woman").

Enquanto maior parte do país está em festa, nos Santos Populares, eu aqui estou no escritório a tentar despachar trabalho... Sei que os próximos tempos vão ser inundados de ansiedade e de medo. Vai ser complicado...

As boas notícias são: tenho duas boas companhias que me ajudam a suportar esta onda de trabalho:

Cold War Kids

Battles

post retirado do blog

Continuo a achar que este filme faz todo o sentido...

"You can erase someone from your mind. Getting them out of your heart is another story."

E quando corre tudo muito mal e o chão me desaparece debaixo dos pés é nela que penso - na minha avó - no seu sorriso, no brilho dos seus olhos azuis, na sua boa disposição e principalmente no quanto ela gostava de mim. Era tão bom refugiar-me no seu abraço, nos seus beijos, naquela casa sempre à minha espera. Já não posso ter nada disto, mas tenho-a muito viva na minha memória.

Obrigado pela calma, amor e dedicação é tudo isso que me sustém, ainda.

Quando tu não estás
eu perco o chão
eu perco o ar
e os meus olhos secam que nem rosas
com o gelo
com o frio das noites sem ti,
porque só me sei situar
no meio de pétalas frescas
nos teus braços.
É este silêncio,
quando tu não estás,
este silêncio
que me rasga com unhas famintas
na intemporalidade
nos freios que perdi
quando te encontrei,
ou no que encontrei
E todos os retratos que te tirei
são impossíveis de apagar
pois nem as unhas mais ferozes
os podem rasgar da minha pele.

Tânia Serra in http://sem-querer-penso.blogspot.com/

este blog vai parar, pelo menos até decidir se vale a pena continuar ou não...

Uma parede de giz - mas em vez de ficar onde estão os electrodomésticos e armários poderia ficar na parede oposta :).

Mamas e músculos, corpos de ginásio, maquilhagem e botox, guarda-roupa que saliente as curvas bem delineadas e estudadas. É assim a imagem dos artistas da pop mundial dos nossos dias. Penso que não vale muito a pena dissertar sobre este assunto, é senso comum. Há realmente um esforço para causar boa impressão, vender o que é belo, a perfeição, basta pensarmos no Justin Timberlake, Beyonce, Pussy Cat Dolls, Shakira, entre outros.

Eu cresci com os Police, os Cure, o Bowie, os Eurythmics e os B52's. E quando me lembro deles, não os associo a beleza fisíca ou a roupa sexy. Lembro-me que cada grupo ou artista pop tinha a sua imagem, normalmente associada a algum mistério, com se houvesse um conceito que ligava o seu aspecto e os seus videoclips à natureza do próprio grupo (por vezes quanto mais feios ou mal vestidos estavam mais gostávamos deles). Havia ali uma história mais ou menos evidente que ia sendo desvendada aos poucos e poucos, todos os fans percebiam exactamente qual a mensagem que os seus ídolos musicais queriam transmitir. Acabava por haver sempre uma sensação de distanciamento entre o público e os músicos, quase como se fossem inatingíveis, não por serem snobs ou altivos, mas por parecerem personagens de ficção.

Até fico contente por ter crescido com estas personagens. Ainda me identifico muito com elas...

Sei que ninguém vai ter muita pachorra para ver o vídeo. Coloquei-o mais para gozo pessoal, porque acho que é uma das cenas mais poéticas do cinema e ainda por cima é filmada num local muito especial. Para mim este é um dos melhores filmes de Woody Allen (é claro que depois começo a lembrar-me de outros igualmente bons).

Já está à venda mais uma t'shirt stickfacerunner. Para comprar basta ir até ao site e encomendar.

Ontem a caminho do FATAL ia sendo atropelado numa passadeira pelo Vitorino (esse mesmo, o irmão do Sanita Giroflé) que conduzia a sua 4L.

Tenho andado a ouvir o novo albúm dos portugueses Micro Audio Waves - Odd Size Baggage, on repeat. O trabalho anterior "No Waves" já revelava muitos sinais de criatividade, sons electrónicos e voz muito diferentes do que estamos habituados a ouvir (e na minha opinião foi um dos melhores discos portugueses de 2004). Este novo albúm é talvez menos original, mas muito mais coeso e harmonioso. Não é todos os dias que nos aparece uma banda portuguesa com este calibre. Na minha opinião é um dos únicos projectos portugueses da actualidade com hipóteses de internacionalização bem sucedida.

Só tenho pena de os Micro não terem usado mais o seu dialecto estranho (ajaponesado) neste albúm.

Também tenho ouvido bastante a excelente banda sonora do filme "Shortbus".

C. Barroso

Miguel Cruz

As obras de Miguel Cruz e C. Barroso, dois artistas do projecto Stickfacerunner, vão estar, a partir de hoje, no Espaço Atmosferas (Escola ETIC). Apareçam por lá! A inauguração do espaço é hoje das 18:00 às 24:00.

(clicar na imagem)

Aposto que maior parte de vós já conhece este livro virtual, mas para quem ainda não deparou com esta Biblia nacional pode, agora, dar uma espreitadela. Vale a pena! Este manual do verdeiro tuga é interactivo portanto cliquem em tudo :).

Cortei o cabelo... tá desalinhado mais leve e moldável (giria cabeleireira).

Chama-se Margarida, nasceu sexta-feira às 22:55 na Cruz Vermelha e é (sem dúvida alguma) o bebé mais bonito do Mundo!

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